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Princípios Fundamentais da Constituição Brasileira: Forma, Sistema e Fundamentos


Na vasta obra que é a Constituição Federal, encontramos os princípios fundamentais delineados nos artigos 1º ao 4º. Esses princípios são os pilares sobre os quais nossa nação se sustenta, abordando questões essenciais relativas à existência, forma e organização do Estado, bem como à forma de governo e à divisão de poderes entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. É nesse conjunto de normas que reside a base do nosso sistema jurídico e político. Neste artigo, exploraremos alguns dos conceitos-chave desses princípios.


1. Princípio da Soberania Popular e a Democracia Representativa


O artigo 1º da Constituição estabelece que "todo poder emana do povo". Isso reflete a essência da democracia no Brasil, que é, na verdade, uma democracia semi-direta e representativa. Nesse sistema, o povo exerce seu poder não apenas por meio de representantes eleitos, mas também diretamente, em algumas situações, como plebiscitos e referendos. O poder do Estado, assim, emana do coletivo, garantindo a participação cidadã nas decisões importantes.


Os Elementos Constitutivos do Estado Brasileiro


Para compreender a estrutura do Estado brasileiro, é fundamental conhecer os quatro elementos que o constituem:


1. Povo: Este elemento se refere à população brasileira, que compõe o corpo político do país. O Estado existe para atender às necessidades e ao bem comum do povo.


2. Território: O território do Brasil engloba suas fronteiras terrestres, marítimas e o espaço aéreo sobrejacente. É a área geográfica onde as leis e regulamentos nacionais são aplicados.


3. Governo Soberano: O governo é o componente administrativo do Estado. Ele é responsável por tomar decisões e implementar políticas públicas em conformidade com a Constituição e as leis.


4. Finalidade: A finalidade do Estado é promover o bem-estar e o interesse comum da população. Essa finalidade, no entanto, pode variar de acordo com diferentes interpretações doutrinárias.


Diferença entre Estado, Pátria, Nação e País


É importante destacar as diferenças entre os conceitos de Estado, pátria, nação e país:


1. Estado: É uma entidade jurídica com personalidade internacional, representada pelo governo e suas instituições.


2. Pátria: Refere-se ao sentimento cívico e de pertencimento a uma determinada nação, muitas vezes associado ao amor à terra natal.


3. Nação: É um conceito sociológico que denota um grupo de pessoas unidas por laços culturais, linguísticos e históricos.


4. País: Representa a unidade geográfica que compreende o território e a jurisdição do Estado.


Os Fundamentos da República Federativa do Brasil


O artigo 1º da Constituição declara que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Além disso, estabelece os fundamentos sobre os quais nosso Estado se assenta:


1. Soberania: O princípio da soberania assegura que o Brasil é livre para tomar suas próprias decisões políticas e econômicas, sem interferência externa.


2. Cidadania: A cidadania reconhece os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros, promovendo a participação ativa na vida política e social do país.


3. Dignidade da Pessoa Humana: A dignidade da pessoa humana é um valor central, garantindo que todos os indivíduos sejam tratados com respeito e igualdade perante a lei.


4. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: Esses valores orientam nossa economia, promovendo o trabalho digno e a livre competição no mercado.


5. Pluralismo Político: O pluralismo político garante a diversidade de ideias e partidos, permitindo a convivência pacífica de diferentes correntes de pensamento.


Federalismo Brasileiro e o Pacto Federativo


O Brasil adota um sistema federativo, onde o poder é compartilhado entre a União, os estados e os municípios. Não existe hierarquia entre esses entes; cada um possui competências e atribuições definidas pela Constituição. Esse arranjo é conhecido como federalismo de segundo grau, com a União atuando como a ordem central, os estados como entidades regionais e os municípios como níveis locais de governo.


O pacto federativo regula a distribuição de competências e recursos entre esses entes. No Brasil, a União possui uma parcela significativa da arrecadação de tributos, embora haja debate contínuo sobre como esses recursos devem ser distribuídos. Atualmente, no Congresso Nacional, discute-se principalmente questões fiscais relacionadas ao pacto federativo.


Em resumo, os princípios fundamentais da Constituição Brasileira estabelecem a base do nosso sistema político e jurídico, garantindo a democracia, a igualdade, a dignidade e a liberdade dos cidadãos. Além disso, o federalismo brasileiro, com seu pacto federativo, molda a relação entre os entes federados e é fundamental para a organização do país. Conhecer esses princípios e estruturas é essencial para compreender a fundo nossa Constituição e o funcionamento do Estado brasileiro.


Palavras-chave: 

Constituição Brasileira
Princípios Fundamentais
Federalismo Brasileiro
Pacto Federativo
Democracia Representativa
Soberania Popular
Estado Brasileiro
Cidadania
Dignidade da Pessoa Humana
Valores Sociais do Trabalho

Priorizar ações preventivas - Matriz FMEA




Identificar possíveis falhas em processos e corrigi-las é a principal função do método de análise de modo de falha e efeito. A princípio, se faz necessário construir duas escalas de 0 a 10. Uma para qualificar a ocorrência da causa, ou seja, a probabilidade de uma causa vir a existir e provocar uma determinada falha no processo e outra para avaliar a gravidade do efeito, que diz respeito a probabilidade em que o cliente identifica e, também, é prejudicado pela falha caso ela ocorra.
Essa escala, no primeiro caso, qualifica a ocorrência da causa (O) de 1 a 10 em: muito baixa, baixa, moderada para baixa, moderada, moderada para alta, alta, muito alta e sempre. No segundo, qualifica a gravidade do efeito (G) de 1 a 10 em: nunca, raramente, muito baixa, baixa, moderada para baixa, moderada, moderada para alta, alta, muito alta e sempre.
Além dos critérios “Ocorrência e Gravidade” também devemos analisar a probabilidade da falha ser detectada antes do produto chegar ao cliente, isto é, o meio de detecção (D). Para tanto, utilizamos a escala invertida, ou seja, de 10 a 1, onde 10 é nunca, 9 é raramente e assim sucessivamente conforme a mesma classificação dos demais critérios.
Para analisar o processo ou ação iniciamos listando os efeitos da falha. Nesse ponto é necessário utilizar uma ferramenta auxiliar como, por exemplo, o diagrama de causa-efeito ou diagrama de Ishikawa.
Diante disso, vamos à primeira escala gravidade do efeito (G) para extrair uma nota compatível com a gravidade correspondente no que se refere ao efeito listado.
Em seguida devemos fazer o mesmo em relação às causas básicas, para tanto classificamos com base na escala ocorrência da causa (O), por fim, listamos os métodos utilizados para detectar a ocorrência de uma possível falha com base na última escala meio de detecção (D).
Chegamos a etapa final, onde o índice de risco é calculado com base nas classificações anteriores, por meio do cálculo G x O x D, ou seja, da multiplicação dos valores inseridos referentes às três escalas. Enfim, a conclusão que chegamos é que existe uma hierarquia entre os efeitos listados e podemos priorizá-los em função do índice de risco, para depois implementar ações preventivas sobre os efeitos que tendem a ser mais graves, muito recorrentes e de difícil detecção.
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Sua proposta única de venda




Sua proposta única de venda

Orlando Lima


No artigo anterior falei da importância do seminário de marketing. Conforme prometido neste vamos nos aprofundar, especificamente, em uma única ferramenta desse seminário, isto é, a criação das PUVs. Esse tema é o ponto central dos esforços dos profissionais de marketing sendo a peça fundamental para toda e qualquer campanha. Quero começar falando sobre a importância dele. Sendo assim, pense comigo: em meio a uma enxurrada de informações nossos olhos e ouvidos são alvos de toda sorte de atrativos, como chamar a atenção de alguém submerso a tanta propaganda? Se você pensou que em “ser diferente” sua hipótese está correta.

Como chamar a atenção do consumidor para algo que já existe no mercado?  Essa é a pergunta de um milhão de dólares. Pense mais um pouco, como é possível ser notado em meio a tantos concorrentes? Pois bem, será notado aquele ou aquela que possuir uma proposta única de venda. Não se preocupe, meu objetivo neste artigo é conduzi-lo ao entendimento desse conceito. Vamos lá! A PUV não é um slogan, não é uma missão, nem muito menos visão. Ela é uma espécie de “manchete”. Quando passamos em frente a uma banca de revista, a reportagem principal vem em letras garrafais, ou seja, em destaque e, certamente, é a notícia mais importante daquela edição. Portanto, a PUV é algo com essas características em termos de importância.

Diante do exposto vamos às características de uma PUV. Ela possui uma estrutura marcada pela concisão e simplicidade. A PUV precisa ser fácil de entender e deverá apresentar, em rápidas palavras, o maior benefício que ela possui, porém, esse deverá ser único e distinguir o anunciador do seu concorrente através de algo que só você possui. Pensar em um benefício único me faz lembrar das aulas de planejamento estratégico, a necessidade de conhecer a si mesmo e ao seu concorrente para criar um diferencial competitivo. Recomendo uma boa leitura sobre o tema em Michael Porter, autor das cinco forças competitivas chamadas de cinco forças de Porter.

As grandes empresas utilizam o conceito de PUV porque entendem que só sobrevivem no mercado quem é visto e quem é lembrado. Em suma, as PUVs são criadas em três pontos: o que? (o que eu faço); para quem (Meu público-alvo); Porquê (O motivo pelo qual minha proposta é melhor). Então de forma simples é possível construir a melhor proposta capaz de impactar positivamente seu prospecto que será atraído ao seu produto ou serviço. Por fim, vou deixar como exemplo uma PUV que eu sempre utilizo nas minhas redes sociais: “Ajudo empreendedores a criar modelos de negócios em um curto período de tempo”. Até mais! Abraços. 

A importância do Seminário de Marketing





A importância do Seminário de Marketing

Orlando Lima


Tudo que realmente é importante precisa de um dia, hora e local especial para ser feito como, por exemplo, o seminário de marketing. Muito além de um treinamento. É um momento que o empresário decide reunir seus clientes internos (Falarei da importância dos seus clientes internos em outro artigo), ou seja, seus funcionários para discutir estratégias para diferenciá-los dos seus concorrentes.

Vou direto ao ponto neste artigo. O seminário de marketing é um laboratório de criação das melhores PUVs (proposta única de vendas) que serão criadas e compartilhadas em todos os lugares. Pense consigo mesmo: em que você pode ser diferente do seu concorrente? Qual valor você oferece que ele não? Descubra isso e seus clientes aumentarão diretamente proporcional aos seus lucros. Além disso, você receberá indicações dos seus próprios clientes, numa publicidade gratuita feita de forma espontânea, a famosa propaganda “boca a boca”.

Mas isso só é possível com planejamento. Por isso, o seminário de marketing é o momento de fazer uma autocrítica dos seus produtos e/ou serviços, além de ser o momento de identificar problemas e encontrar soluções. Tudo isso deve ser pensado, discutido e elaborado por quem realmente convive no dia a dia com os clientes. Portanto, seus funcionários devem ser os principais autores das suas melhores PUVs neste seminário, você será simplesmente o mediador. Falarei mais, especificamente, das PUVs no próximo artigo mostrando o passo a passo para criá-los.

Por ora, vamos nos ater ao seminário em si. Este nada mais é que um evento, que deverá ser bem descontraído. O empresário deverá reunir em um número pequeno para ser bem focado no momento de pensar as estratégias de marketing. Uma sugestão para esse momento é que comecem fazendo uma avaliação interna entre forças e fraquezas, além de analisarem sobre como andam as estratégias para captar e reter clientes, logo após é necessário fazer o mesmo em relação a no mínimo três concorrentes mais próximos. Feito isso, falta apenas responder as perguntas: o que fazer para se diferenciar deles? Como minimizar as fraquezas e maximizar as forças? Quais ações serão tomadas para alcançar esses objetivos?

Vale salientar que o seminário de marketing não termina em um dia, o mais importante dele deve ser o plano de ação que será criado com ajuda de todos os principais envolvidos. Observe que fazendo isso, você estará um passo a frente dos seus concorrentes sempre buscando meios de inovar e entregar valor aos seus clientes. Até mais! Abraços.

Uma empresa é um grande processo!








Orlando Lima

Um processo nada mais é do que um passo a passo, intercâmbio de atividades que dependem e sujeitam umas às outras. Tudo é processo! O que não é, se justifica pelo fato de ser subprocesso, atividade ou tarefa, ou seja, se não é o processo, via de regra, faz parte de um. Essa definição depende do contexto no qual a ação está inserida. Neste artigo que lhe mostrar que sua empresa nada mais é que um grande processo, um macroprocesso.

Quando digo que uma empresa é um grande processo estou a dizer que todas as ações, que utilizam energia humana ou de máquina se somam para compor tarefas, atividades meio ou finalísticas, que por sua vez se unem em blocos de atividades organizadas de vertical (hierarquia) ou horizontalmente (departamentalização) para somarem, por fim, subprocessos, processos e macroprocessos em todos os níveis. O que em suma quer dizer que uma empresa funcionando, isto é, criando e entregando valor é um processo de gerar e entregar valor a todos seus envolvidos.

Uma característica básica dos processos é a repetição. A falta de processos bem definidos leva a empresa à uma anarquia de objetivos. O que isso quer dizer? Simples, na ausência de processos bem consolidados uma empresa será levada aos trancos e barrancos, não atenderá aos padrões exigidos pelos seus stakeholders e, tampouco, poderá ser competitiva, visto que não existem padrões. Isso, por conseguinte, afetará os resultados da empresa, influenciando, negativamente, na entrega de valor aos clientes.
Outra característica básica dos processos, como já havia falado, é a padronização. Toda e qualquer empresa deve seguir padrões. O mundo se move por padrões. Observe a natureza, o controle ambiental, o ciclo das chuvas, a cadeia alimentar, o ciclo de vida dos animais e do homem etc. O escritor de Eclesiastes vai nos dizer que “não há nada de novo embaixo do céu”. Essa frase demonstra a percepção sobre o padrão existente em tudo. Uma empresa existe porque seus padrões são aplicáveis e replicáveis, esses nada mais são do que processos.

Agora você pode estar se perguntando: “como posso padronizar os processos dentro da minha organização?” Pois bem, neste ponto lhe apresento uma ferramenta poderosa para tal finalidade: o POP (Procedimento Operacional Padronizado), através dessa ferramenta você será capaz de descrever o passo a passo de qualquer atividade com intuito de padronizá-la. Lembre-se: sua empresa é um grande processo, então quanto mais tarefas padronizadas você tiver mais sua empresa estará funcionando corretamente.

Onde você se encontra neste organograma?







Desse modo, a pergunta que parecia um tanto óbvia se mostra mais profunda e pertinente, visto que, a forma como o empresário atua dentro da sua organização é mais operacional do que estratégica. A pirâmide básica da organização nos mostra três níveis elementares de decisões com base na hierarquia. A alta administração é o nível estratégico, a intermediária é o tático e, por fim, a operacional é a baixa administração. Voltando para ideia do organograma, retorno a perguntar: onde deve estar, em que nível, o dono da empresa?

Se você respondeu: “no nível estratégico” você acertou. Agora observe: não importa se sua empresa é grande ou pequena. Pensar o nível estratégico sempre existirá, estando ele ocupado ou não. Dessa forma, o dono da empresa precisa assumir essa postura de líder, tomador de decisões, ou seja, o cérebro da empresa, aquele capaz de decidir os rumos da empresa e levá-la aos seus macro-objetivos. Para tanto, é necessário estar no lugar certo. É preciso criar um negócio que não necessite mais do seu trabalho intelectual como de um empreendedor, investidor e desbravador de novas oportunidades do que o trabalho de um técnico.

A questão não é de privilégios, mas de saber que cada um possui um lugar e se você escolheu ser empresário você tem que entender a diferença entre trabalhar “o negócio” e trabalhar “no negócio”. No primeiro caso você estará trabalhando estrategicamente, no segundo, por sua vez, apenas sendo executor ou simplesmente um operário. Por falar nisso escrevi um artigo com o título: O empreendedorismo é um mito: Entenda o porquê! Convido-o a ler. Abraços. 

Você é o legislador da sua empresa?





Você é o legislador da sua empresa?

Orlando Lima

As leis de uma empresa existem para organizar processos. Nas empresas de pequeno porte isso é algo ainda remoto, ou seja, não se dá o devido valor a essa prerrogativa que os seus proprietários possuem, isto é, em serem legisladores dos seus próprios negócios. Então, que tipo de leis são essas? Vou explicar! Uma empresa seja ela de pequeno, médio ou grande porte se baseia em regras, normas e “leis” como toda e qualquer organização social, pois, isso é importante para o pleno desenvolvimento dos seus interesses próprios, comuns e coletivos. Diante disso, como fazer para criar as leis da empresa? É simples. Através do regulamento interno.  

O Regulamento interno de uma empresa é um documento utilizado para comunicar efetivamente as normas e regras da organização. Isso evita conflitos futuros entre colaboradores e empresário. Diante disso, esse manual é um instrumento criado para todos da organização obedecerem, para que todos tenham um norte a seguir, saibam o que devem e o que não devem fazer, o que é correto ou incorreto diante dos valores da organização. Isso fica fácil de entender quando associamos com as leis civis, por exemplo, essas garantem o equilíbrio de conduta em sociedade o que chamamos de normas de civilização, portanto, uma empresa não está desvinculada do meio social, pelo contrário, ela só existe em função disso.

Deste modo, a criação de um manual de boas práticas de direitos e deveres, que devem ser seguidos por todos é algo extremamente necessário haja vista a tendência natural do ser humano a se desvirtuar pelo desconhecido. Se, por exemplo, isso acontece como punir alguém pelo que não está escrito?! Ou deixar de punir pelo mesmo motivo?! Tanto em um caso como em outro há um problema que precisa de uma solução prática.
A solução para esse problema que é, diga-se de passagem, um problema de direção, pois, trata-se de como as pessoas devem agir dentro de uma organização, a elaboração de um regulamento interno escrito, lido e assinado por todos que sirva como um manual de operação de conduta ética e de preceitos legítimos do que é exigido a todos. Isso é uma saída viável para dar a credibilidade que uma organização precisa e garantir o respeito que todos merecem.

Os manuais operacionais e sua importância






Os manuais operacionais e sua importância

Orlando Lima

Nos meus artigos, comumente, costumo trazer temas relevantes sobre gestão e coaching empresarial. Continuando falarei sobre um tema bastante prático dentro dessa área. Os manuais operacionais são procedimentos padronizados que explicam, metodicamente, como executar determinada tarefa. Partindo dessa premissa, meu objetivo é apenas expor a importância desse conceito para as organizações de forma geral.

O trabalho é em suma objetivos diários, semanais e mensais que precisam ser alcançados. Esse, como bem sabemos, é dividido em atividades e tarefas, essas últimas são divididas em ações, porém tudo se intercala para convergir em resultados que, por sua vez, ocorrem em função do alcançar das metas e objetivos propostos. Tudo isso só é possível porque existe uma forma certa de fazer as coisas, o que podemos chamar de métodos de trabalho.

A padronização do trabalho é algo que acelera a execução do mesmo promovendo mais eficiência. Nesse ponto podemos voltar no tempo e visitar o período da revolução industrial. Veremos o quanto a padronização foi positiva para as fábricas, a qual nos dias atuais continua sendo. Os procedimentos operacionais são em termos leigos aquela boa e velha “receita de como fazer” determinada coisa. Dessa forma, a padronização evita desperdícios de tempo, retrabalho e empirismo, pois, um processo é analisado para ser executado através de um passo a passo bem consolidado com intuito de torna-lo mais eficiente.

Os procedimentos operacionais padronizados – POP’s são instrumentos de padronização para todas as atividades operacionais da empresa. Esses, portanto, fazem com que a empresa possa funcionar sem depender de um indivíduo qualquer detentor da técnica, ou seja, daquele indivíduo que por conhecer como se faz determinada tarefa coloca a empresa como “refém” dele, mas isso é um erro, visto que essa pessoa pode pedir demissão, adoecer, ou simplesmente decidir não ir mais trabalhar.

Diante disso, o risco de ter pessoas sem processos é este: na ausência do técnico o processo para. Por isso, alinhar pessoas a processos é a saída mais viável para estabilidade da empresa. Dessa forma, a empresa deve funcionar sem improvisações ou amadorismos. Então, essa é a grande importância dos processos na empresa fazer com que a empresa funcione com um reloginho suíço.

Um plano melhor de renda passiva





Um plano melhor de renda passiva

Orlando Lima

Se você pensa em trabalhar até se aposentar e depois viver da sua aposentadoria, esse é seu plano de renda passiva. Vou explicar: ter uma renda passiva é ganhar dinheiro continuamente sem gastar nenhuma espécie de recurso para tal. O caso da aposentadoria seria um bom plano se nós brasileiros não precisássemos trabalhar durante a vida toda para então recebê-la, além disso, o valor recebível vai depender da sua profissão, carreira entre outros fatores. Então, existe um plano melhor? É claro que sim.

Usei esse exemplo de aposentadoria apenas para ilustrar o conceito de renda passiva que é aquela pela qual você trabalha hoje para não ter que trabalhar amanhã e, mesmo assim, receber seus benefícios a longo prazo. Dessa forma, transformar sua empresa, empreendimento ou projeto em um negócio de renda passiva é o caminho mais razoável para que você possa desfrutar a vida que insiste em passar tão rápida.

Mas como é possível fazer isso? Não existe fórmula mágica. Além disso, cada caso é um caso. Contudo acredito que a primeira atitude a ser tomada chama-se: mudança de “mindset” ou mentalidade. Se você entende que não precisa esperar sua aposentadoria para fazer do seu negócio uma fonte de renda passiva, eu quero lhe apresentar um conceito que vem mudando milhares de negócios ao redor do mundo que é a revolução “Turn-Key”, em uma livre tradução seria a revolução gira-chave.

Essa, por sua vez, é um conjunto de conhecimentos aplicados em pequenas empresas e negócios em vários lugares capaz de transformar pequenas empresas em verdadeiras fontes de renda passiva, pois, se baseia em um sistema que como próprio nome já deixa a entender, ou seja, um sistema que uma vez criado é necessário apenas girar uma chave e ele funcionará continuamente. Essa continuidade é o que faz, por exemplo, o dono de um pequeno negócio poder, finalmente, sair detrás do balcão da loja e ter mais tempo para si mesmo e para sua família.

Transformar um negócio na “galinha dos ovos de ouro” é algo que muita gente busca, mas entre o querer e o executar exigir-se-á bastante esforço e dedicação. Há uma frase que diz: “consistência e trabalho duro criam uma vida próspera” pode ser que você não consiga, mas saber o que precisa ser feito e como fazer já aumentam suas chances em relação aos que desconhecem uma coisa e outra. Portanto, poderá existir mais coisa entre o trabalho e a aposentadoria do que sonha nossa vã filosofia.

Invista no seu maior projeto: Você!






Invista no seu maior projeto: Você!

Orlando Lima


Você sem dúvida é mais importante do que sua empresa, projeto ou ideia. Porque sem você nada disso faz sentido. Concorda? Pois bem. Tenho visto no meu dia a dia pessoas colocando seus projetos de investimento, suas empresas ou até mesmo suas ideias acima do bem-estar pessoal, ou seja, daquilo que realmente importa: eles mesmos! Destarte, muitos passam por uma vida sem significado em meio ao acúmulo de bens e realizações supérfluas. Esse artigo é um convite a pensar sobre prioridades, não é um alerta, tampouco acusação ou repreensão, longe disso, contudo se você se identificar com alguma coisa aqui, não fique inerte. Assuma o controle da sua vida e organize as suas prioridades.

No artigo anterior falei sobre missão, visão e valores. Esse, portanto, tem relação com o mesmo assunto, uma vez que ao passar pela vida sem viver com equilíbrio necessário esses três elementos perde-se a oportunidade de viver com propósito. Além disso, o sentido da vida é encontrar o seu dom e o propósito é compartilhá-lo, já dizia Pablo Picasso.

O seu maior projeto é você mesmo. Seu dom é a vida e existir é compartilhar esse dom. A negação do propósito estar em viver para pagar contas, em acordar todos os dias simplesmente por um emprego ou pelo dinheiro de lucros e dividendos. É claro que ter como pagar é melhor do que não ter, um emprego é melhor que o desemprego e os lucros são resultados positivos, mas em relação ao bem-estar pessoal, a satisfação e a tua missão de vida? Se tudo estiver alinhado ao teu propósito chegaste ao momento sublime. Por isso, busco com esse texto chamar tua atenção para dentro de si, com os devidos questionamentos, pergunto-lhe: você tem investido no seu projeto mais importante?

Talvez você ainda não tenha parado para pensar em si mesmo em detrimento do mundo a sua volta. Talvez você só tenha tempo para investir na empresa, para garantir o futuro brilhante dos seus filhos. Causa nobre. Talvez você esteja dando tudo de si para que os outros vejam o quão longe você chegou, mas por dentro você percebe que lhe falta algo... Esse (algo) é um elemento mais importante de toda sua jornada, que mais cedo ou mais tarde será seu objeto de reflexão. Nesse ponto é válido salientar que quanto mais cedo você descobrir que precisa dar mais atenção a si mesmo, mais significado sua vida terá, pois, a partir disso você descobrirá suas verdadeiras aspirações, sonhos e propósitos e saberá priorizar tudo aquilo que realmente importa.

A empresa que só funciona na presença do dono...






A empresa que só funciona na presença do dono...


Orlando Lima

Se a empresa só funciona com o dono, existe algo errado. Por exemplo: “a padaria do João” só funciona com a presença dele. Quando ele não está o pão perde o sabor, o atendimento é ruim, os clientes reclamam etc. Isso tudo porque o João e a empresa são ambos a mesma pessoa. Observe que ela carrega o nome dele, pois, é assim que todos a conhecem. Ela encontra-se numa fase de vida chamada de " a infância", que é muito diferente de uma empresa na maturidade, ou seja, bem organizada para funcionar mesmo sem a presença do dono como, por exemplo, as franquias Mc'Donalds, Subway e a Cacau Show. 

Como reconhecer uma empresa na infância? Como dito, anteriormente, o proprietário e o negócio são uma coisa só.  Se você tirar o proprietário do negócio na infância, não existirá mais negócio e aquela empresa irá fechar. Mas por quê? Porque uma empresa na fase da infância não consegue sobreviver por muito tempo sem o seu dono estar presente.

Além disso, os clientes se acostumaram a terem ele, o negócio é ele e é isso que eles (os clientes) querem. Os clientes confiam apenas no dono da empresa. Mas, o trabalho aumenta e, infelizmente, ele não consegue ser por muito tempo o malabarista-mestre e deixa as bolas caírem. Ora, são muitas bolas e ele não consegue segurar todas. Pois, além de ter que lidar com os trâmites burocráticos, ainda precisará fazer tudo e mais um pouco, se não os clientes vão procurar outro lugar. Isso ocorre porque o crescimento de uma empresa é inevitável ou ela cresce ou morre, uma vez que ela tem que crescer não poderá continuar na fase da infância e o proprietário não poderá dá conta de tudo. 

Qual seria a sua atitude em relação a isso? O que determina o seu sucesso ou fracasso como empreendedor? Sua empresa existe para funcionar perfeitamente mesmo sem a sua presença. Ela existe para que você possa através dela realizar os seus sonhos e também contribuir para a melhoria de vida dos seus funcionários e clientes.

Dessa forma, surge a necessidade de entender como transformar sua empresa em um sistema que lhe proporcione realizar tudo isso. Então, aqui vai a dica prática desse post: identifique se sua empresa funciona mesmo sem a sua presença, se não a faça funcionar.  Para isso você pode pedir ajuda de um especialista para fazer um diagnóstico de gestão empresarial em sua empresa e, consequentemente, te ajudar a organizá-la para funcionar eficientemente mesmo sem a sua presença.

Existe um limite para a especialização do trabalho?

Existe um limite para a especialização do trabalho?

A especialização é baseada no conceito de divisão do trabalho em tarefas menores que possam ser executadas com a máxima eficiência possível.


A especialização como apresentada na literatura é algo que sofreu pico e vale, respectivamente, nos séculos XX e XXI. Isso porque no século XX houve grande influência, na obra de Taylor (pai da administração científica) e no século XXI os avanços da administração moderna trouxeram a perspectiva humanística para a administração. Mas as ideias de Taylor não se tornaram obsoletas, a especialização ainda é fator preponderante para a produtividade, no entanto, o que ocorre em contrapartida é, na verdade, o excesso de especialização.

A partir desse problema surge o seguinte questionamento: Existe um limite para a especialização do trabalho? Essa questão pode ser entendida mediante análise simples de uma representação gráfica. Senão, vejamos: imagine que em um plano cartesiano a medida em que a especialização do trabalho aumenta, no eixo X, consequentemente, a produtividade tende a diminuir, no eixo Y, podemos dizer que esse é um evento de grandezas inversamente proporcionais, ou seja, quando uma grandeza aumenta, a outra diminui e vice-versa. Mas existe um ponto em que a produtividade e a especialização são máximas! Isso ocorre porque o gráfico é uma curva côncava que possui como vértice o seu ponto máximo entre a especialização e a produtividade.


Ao imaginar esse gráfico fica claro que se uma organização aumenta a produtividade é sinal que aumentou a especialização, mas que o ponto mais alto de produtividade não é o de maior especialização, da mesma forma que o ponto mais alto da especialização, não é o da produtividade, uma vez que, falamos de grandezas inversamente proporcionais como havia citado antes. Dessa forma, se queremos uma organização mais produtiva deve-se observar, por exemplo: se as tarefas dadas aos colaboradores são simplistas (muito especializadas) ou desafiadoras (mais complexas) esse é apenas um dos parâmetros. Pois, muitos colaboradores perdem a motivação no trabalho pelo fato deste ser monótono com muitas tarefas repetitivas (alta especialização).

Muitas organizações agiram de forma errada no passado quando aumentaram a especialização a níveis extremos forçando os indivíduos a trabalharem como simples engrenagens no maquinário, no apogeu da revolução industrial, estando completamente alienados acerca do produto final do seu trabalho. Quem assistiu "Tempos Modernos" de Charles Chaplin deve lembrar. No filme de carlitos nos deparamos com uma crítica ferrenha ao processo de transformação da sociedade nos "tempos modernos" os homens eram tratados feitos máquinas. Quanto mais especialista o indivíduo se torna-se em determinada tarefa mais rápido o mesmo poderia executá-la, além disso, a execução seria perfeita dada a simplicidade desta. No entanto, o que deixou de ser observado por algum tempo naquela época foi justamente os efeitos negativos dessa extrema especialização. Esses pontos negativos afetam a produtividade e, não apenas isso, ferem a dignidade da pessoa humana, ora tratada como mera "peça de engrenagem".

A despeito disso, chegamos a presente conclusão: temos que encontrar o ponto de equilíbrio entre especialização e a produtividade. A especialização de tarefas adequada que dê às organizações, maior produtividade possível, mas que observe as limitações humanas como elemento principal, em se tratando do bem-estar social. Para tanto, se faz necessário analisar os processos organizacionais e manter um limite para especialização, tendo em vista, ganhos pela produtividade como fruto de adequação prática. Uma vez que a especialização adequada promove a transformação dos funcionários em especialistas, melhorar os processos reduzindo custos, aumenta a capacidade de resposta, a prestação eficaz do serviço entre outros elementos.

Por: Adm. Orlando Lima